domingo, 25 de novembro de 2012

Outro sonho

Tudo se passa num parquinho antigo, cheio de brinquedos enferrujados. O chão está úmido e o céu, nublado. Podemos sentir o cheirinho da grama enquanto nos olhamos, sentados em um roda-roda com a pintura gasta, de forma que partes do metal aparecem. Sorrimos, mas há algo estranho no seu olhar, posso ver um desespero triste no fundo da sua pupila. Você deixa de sorrir, e uma angústia enorme prensa meu coração. Deixo de sorrir e franzo o cenho. Você olha na minha direção, mas com certeza não me vê. Busca um ponto no infinito, muito além de onde eu estou. A angústia aumenta. Sem te tocar, posso sentir suas mão frias. Um gigantesco nó na garganta me impede de respirar o ar úmido, pesado. Algo muito ruim vai acontecer, e você sabe o que é. A angústia começa a corroer meus ossos. Posso sentir um líquido venenoso substituir o sangue que corre em minhas veias. Também sei do que temos medo. A informação está escondida em algum canto escondido da minha memória, de onde eu não consigo tirar por mais que eu me esforce. Como se apenas me lembrar do motivo pudesse...